“Liberdade, Igualdade, Fraternidade”.
A influência decisiva da Maçonaria na Independência do Brasil é um assunto pouco comentado fora dos círculos maçônicos e, apesar da ampla documentação existente a este respeito, é difícil encontrar entre os leigos aqueles que conhecem um mínimo sobre este assunto.
Fartos são os dados sobre a relação da maçonaria e a independência do Brasil, sendo que em vários estão relacionados à data de 20 de agosto, Dia do Maçom. O fato é que desde o ano de 1500, após sua descoberta “oficial”, o Brasil passou a ser colônia da coroa portuguesa, sendo, desde então, explorada, não possuindo liberdade econômica, administrativa ou política, sendo que desta forma, os colonos eram proibidos de protestar, o que acabou desenvolvendo uma revolta dos mesmos ocasionando rebeliões, que ficaram conhecidas por “Movimentos Nativistas”.
Destes movimentos no inicio do século XVIII, alguns grupos já pensavam na independência política do Brasil, surgindo em 1789 a Inconfidência Mineira, 1798 a Conjuração Baiana e em 1817 a Revolução Pernambucana, estando a Maçonaria presente em todos estes.
Joaquim Gonçalves Ledo, Januário Barbosa e Clemente Pereira lançaram uma ideia de uma Constituinte e solicitaram uma audiência por intermédio do ministro José Bonifácio, com o então príncipe, Dom Pedro, que se mostrou favorável a mesma.
Ainda era preciso iniciar o Príncipe Regente, Dom Pedro, na Maçonaria. Seu mentor e amigo, José Bonifácio já lhe falara da Maçonaria, de seus trabalhos, da ação de Joaquim Gonçalves Ledo e outros líderes maçônicos, não sendo ele o primeiro Príncipe a conhecer os preceitos da Ordem e que vários foram os Reis e Imperadores da Europa maçons.
Em 13 de julho de 1822, foi aprovada a proposta de admissão do Príncipe Regente, sendo sua iniciação em 02 de agosto do mesmo ano na Loja Comercio e Artes, e tendo a sua imediata elevação ao grau de Mestre Maçom, recebendo o nome histórico de “Guatimozim” (último imperador Asteca, morto em 1522).
Da iniciação ao Grão-Mestrado, o ingresso de Dom Pedro na Maçonaria resultou sua íntima ligação com a causa da independência.
Algumas literaturas dizem que nossa independência política do reino de Portugal, foi decidida em reunião em 20 de agosto de 1822, na Loja Maçônica Comércio e Artes, outras que foi no 20º dia do 6º mês da Verdadeira Luz, na Loja Grande Oriente Brazílico, sendo que em ambos casos houve um discurso proferido por Joaquim Gonçalves Ledo, sendo este considerado um dos principais autores de nossa independência, onde os maçons presentes teriam aprovado a Independência do Brasil, onde se fazia presente Dom Pedro, sendo o mesmo comunicado que seria esta a hora de agir e tornar-se o 1º Imperador, o retornar a Portugal.
Assim na tarde de 7 de setembro de 1822, Dom Pedro limitou-se com seu gesto a promulgar o que já fora resolvido alguns dias antes nas dependências do Grande Oriente do Brasil.
Segundo alguns historiadores o brado dado por Dom Pedro “INDEPENDÊNCIA OU MORTE” era a denominação de uma das palestras da sociedade secreta “Nobre Ordem dos Cavaleiros de Santa Cruz”, conhecida por APOSTOLADO, sendo esta fundada por José Bonifácio.
Muito ainda poderia ser descrito sobre nossa independência, mas o espaço seria insuficiente para registrar e citar os nobres atos de admiráveis irmãos maçons que dela formaram os pilares que deram sustentação as ações que culminaram em nossa emancipação política.
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Bibliografia:
A Maçonaria e a Independência do Brasil – Palestra do Ir.: José Robson Gouveia Freire;
Internet:
www.noesquadro.com.br
www.redecolmeia.com.br
Autores:
Ir Alfredo Ribeiro da Silva - CIM: 287.431
Ir Pedro Luiz Zilli Porto de Oliveira - CIM: 287.432
Ir Alfredo Ribeiro da Silva - CIM: 287.431
Ir Pedro Luiz Zilli Porto de Oliveira - CIM: 287.432