“Liberdade, Igualdade, Fraternidade”
Para entendermos melhor a diferença entre Maçonaria Operativa e Maçonaria Especulativa, primeiro vamos analisar os significados das palavras, operar e especular, apresentados por dicionários. Assim operar significa: fazer alguma coisa, produzir, executar, obrar e realizar. A palavra especular indica: estudar com atenção, detalhamento, pesquisar investigar, buscar por meio da razão, refletir e teorizar.
A partir desses conceitos fica mais simples ligarmos ao contexto histórico esta divisão da Maçonaria para esclarecer por que passou de operativa para especulativa.
Nos primórdios das civilizações europeias, as grandes construções tinham destaque por sua beleza, forma e acabamento. Contudo, por trás dessas realizações haviam operários muito bem qualificados, mestres, obreiros, aprendizes, zeladores e outros trabalhadores da construção, que se reuniam em edificações rústicas ao lado do projeto principal onde realizavam refeições, descanso, reuniões e debates sobre a obra. Alguns trabalhadores até pernoitavam nessas Lojas como eram chamados esses locais.
Com o passar do tempo e devido ao grande período das obras, os laços fraternais e a comunhão entre esses operários aumentaram, junto com a necessidade de organização do grupo, surgindo regulamentos de conduta e moral como o compromisso de amparo em caso de necessidade - não deixando de mencionar a devoção, que na época era o catolicismo em sua maioria.
Neste tempo só participavam desse grupo os Maçons (que eram os trabalhadores da construção). Mas com algumas transformações da sociedade, pessoas não ligadas neste ramo de atuação começaram a ser aceitos nesses grupos que por sua vez já não se reuniam devido a familiaridade do trabalho e sim por ideais de melhorias não apenas de seus membros como também da sociedade.
É neste ponto que podemos dizer que a Maçonaria especulativa começa a aparecer, pois os locais onde se reúnem os adeptos da Ordem já não são próximos as obras e sim templos construídos ou adaptados - nos casos em que as reuniões Maçônicas eram proibidas.
A partir dessa metamorfose, a Maçonaria passou a trabalhar nos campos dos ideais sociais, estabelecendo regras de comunhão e conduta de moral e ética as quais o neófito teria que emanar para ser aceito.
Assim, podemos afirmar que embora não realizamos um trabalho manual como nossos Irmãos de outrora, os seus ensinamentos, tradições e trabalho árduo estão sempre presentes nas alegorias, nos cargos metaforizados no templo. Lembrando-nos que devemos dar o nosso melhor, na família, na Maçonaria, no trabalho para construirmos sociedades mais justas e perfeitas. Sob a luz do Grande Arquiteto do Universo que é quem sustenta nossa ordem durante Séculos.
BIBLIOGRAFIA:
Revista Ciência & Maçonaria Vol 2,n1 p65-72jun2014
http://www.michaelis.uol.com.br
http://www.dicio.com.br
http://www.freemasons-freemasons.com
AUTOR: Rudney dos Santos Miranda de Carvalho CIM: 295.722